Tô certo sobre o aqui
Tô vendo a vida girar
E achando tão natural

Desafiando o meu tédio
Tendo um certo sabor
Sentindo o céu desabar

E vendo o mar virar sertão no azul do grés lunar
Sentindo o fim chegar, sem paz ou um quê a mais

Quem viu, já viu, não vê mais
E quem não viu, não me diz
E, por um triz, o caos é benefício

Os fatos viram história
O real é memória
Todos os santos

Todos os sacrifícios
São presentes, são ados
Desatinos, desalmados

Bem-querido ou mal-amado
Tudo em cima, tudo embaixo
Tudo em si chega ao fim

São presentes, são ados
Desatinos, desalmados

Bem-querido ou mal-amado
Tudo em cima, tudo embaixo
Tudo se transforma, vai embora

Tendo tempo pra esperar
Ou tendo pressa em perecer
O o que nunca foi dado é ado
É a pressão de tudo que chega ao fim