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O que é harmonização musical? Saiba mais sobre esse conceito

Harmonização musical é o ato de combinar os acordes e suas funções com uma melodia. Ela é o conjunto de notas que formam a base da melodia.

Quando uma pessoa canta fora do tom ou toca um acorde errado, o som sai desafinado. Isso acontece porque foram tocadas ou cantadas notas fora de harmonia.

Quer entender melhor como isso funciona? Vem com a gente! 🙂

Aprenda tudo sobre harmonização musical

A harmonização musical é o processo de associar acordes, ou vozes, a uma melodia. Também cria texturas, indica a função tonal e evidencia a direção de uma melodia, pela relação entre tensão e resolução.

Ela abrange a teoria básica sobre formação de acordes (intervalos, tríades e tétrades, etc.); a pelas funções tonais (tônica, subdominante e dominante), e aborda temas mais complexos como encadeamento, voicings, condução de vozes e rearmonização.

Fica fácil entender porque quando alguém canta fora do tom ou toca um acorde errado, acontecem as desafinações: essas notas musicais emitidas simultaneamente estão fora de harmonia.

A harmonia ocorre quando duas ou mais notas de diferentes graus são tocadas ao mesmo tempo, podendo estar relacionada aos intervalos de um único acorde.

Ela se relaciona diretamente com a progressão de acordes de uma música, onde cada um deles tem uma função determinada. Vamos saber mais?

Acordes com função de tônica

Para entendermos o que é harmonização musical, é importante conhecer as funções tonais, que podem ser tônica, subdominante e dominante.

Existem acordes que vão exercer a função de tônica em uma música. Mas são apenas os acordes que nomeiam o campo harmônico que determinam qual é o tom da música. 

Além disso, as resoluções acontecem nos acordes tônicos, resolvendo as tensões criadas. Por exemplo, se uma música tem sua tonalidade em Dó maior.

Isso significa que o acorde C, além de indicar essa tonalidade, é responsável por criar as sensações de descanso ao longo da música.

Acordes dominantes

Os acordes dominantes têm como suas notas fundamentais, o quinto grau de uma escala, e possuem o trítono, entre a terça e a sétima do acorde. Isso é muito importante na harmonização musical.

Por exemplo, na escala maior natural de Dó, o quinto grau é a nota Sol.

I      II    III   IV   V    VI   VII VIII

Dó  Ré  Mi  Fá  Sol  Lá  Si  Dó

Logo, o acorde G é um acorde dominante no campo harmônico maior de Dó.

No entanto, se acrescentarmos a sétima ao acorde G, teremos um G7, cuja tétrade é Sol, Si, Ré, Fá, isso aumenta a tensão criada. 

Repare que a tétrade do acorde G tem o quarto e o sétimo grau da escala maior natural de Dó, as notas Fá e Si, respectivamente. Essas duas notas formam o trítono

Quando tocadas juntas, elas criam uma tensão que se resolve naturalmente quando o terceiro grau e a tônica da escala são tocados ao mesmo tempo, no acorde tônico C

Em outras palavras, a sétima do G7 (nota Fá) resolve na terça do acorde C (nota Mi). Assim como a terça do G7 (nota Si) resolve na nota fundamental do acorde C (a nota Dó).

Acordes subdominantes

Dentro da harmonização musical, os acordes subdominantes também criam tensão, mas com uma intensidade menor que os acordes dominantes.

Eles também são resolvidos no acorde tônico, mas a instabilidade que geram não é tão forte como a que os acordes dominantes proporcionam.

Os acordes subdominantes são formados a partir do quarto e segundo graus de uma escala. No caso da escala maior natural de Dó, eles são os acordes F e Dm.

Aplicando a harmonização musical na prática

Para ilustrar toda a explicação que vimos, vamos dar alguns exemplos de como se faz uma harmonização musical.

Melodia à capela

Em We Will Rock You, do Queen, Freddie Mercury canta o que chamamos de uma melodia à capela, sem acompanhamento de instrumentos que produzem notas musicais.

No entanto, podemos harmonizar a melodia dela com acordes formados por tríades.

Harmonizações com tríades e tétrades

Outro bom exemplo de harmonização é a música Wonderwall, do Oasis. Sua harmonia original possui acordes com tríades e tétrades, mas podemos tocar toda sua progressão apenas com aqueles formados por tríades.

Rearmonização

Vamos retornar aos conceitos de acordes tônicos, dominantes e subdominantes, pois existe mais de um acorde exercendo essas funções em um campo harmônico.

Por exemplo, vejamos o campo harmônico de Dó maior. Em tríades, temos os seguintes acordes:

  • C
  • Dm
  • Em
  • F
  • G
  • Am
  • Bm(5-)

Os acordes com função de tônica são o C, Em e Am. É neles que acontecem as resoluções.

Já os acordes com função de dominante, que criam as maiores tensões são G e Bm(5-). Os subdominantes, que geram uma tensão menor, são Dm e F.

O verso da música Like A Rolling Stone, do Bob Dylan, traz a seguinte progressão de acordes: C – Dm – Em – F – G.

Para rearmonizar uma música, temos que substituir acordes da mesma função: um acorde dominante por outro dominante, um tônico por outro tônico e assim por diante.

Seguindo esse raciocínio, podemos rearmonizar a mesma música de Dylan da seguinte maneira: Em  – F – C – Dm – Bm(5-).

Toque-a rearmonizada e perceba que a melodia vai se encaixar perfeitamente, mas a música terá uma atmosfera completamente diferente.

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Foto de Carlos de Oliveira

Carlos de Oliveira

Redator Web com especialização em SEO e escrita para blogs e redes sociais. Estrategista de conteúdo. Músico, compositor e colecionador de LPs, CDs e DVDs. Toca guitarra, violão, baixo, teclado, piano e bateria. Escreve para o Cifra Club desde abril de 2022.

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